segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

dois mil e oito

Vem 2008! Vem que vem bem vindo...
Passei um ano completo fora do Brasil. Passou rápido, quase que acabou. Ainda. Já?

Sinto saudade do apartamento da Haddock Lobo. Saudade da caipirinha. Do jardim da praia. Daquele cheiro de chuva na pista nova da Imigrantes. Saudades de 2007, já?

Nesse ano não deixei de conquistar nada. Aliás acho que me reconquistei. Sou mais feliz comigo do que eu era em 2006. me sinto forte e corajosa (talvez pq todo mundo tente me convencer disso ou talvez pq eu seja mesmo... não sei). Não penso nos erros do ano. Nos enganos e no que eu fiz que não tenha sido bom ou certo... dessas coisas eu não tenho pq lembrar. Lembro das coisas boas, dos sentimentos incríveis. Dessa nova e muito louca experiência da minha vida. Rezo pela minha família distante. Rezo e abraço a família presente. Penso nos amigos queridos e nos amores perdidos pelo mundo...

2008 tá chegando. Em algumas horas vou olhar pra trás e ver 2007 lá longe, ficando pra trás. E vou me concentrar mais e mais pra continuar fazendo tudo certo. Acho que no fundo esse é o plano, esse é foco e essa talvez seja a meta: fazer tudo certo. Errar é ruim, engasga, estraga e dá vergonha. Acho que vou acertar mais um pouco. Isso é bom.

Feliz 2008!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

eu sou "incorruptível"!!!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Eu daria muitas coisas pra ter um Bom Pe-ÉFê!!!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

LLAMADA - CHAMADA - APPEL - CALLING

O telefone não toca com uma freqüência considerável. Mas toca. Às vezes toca muito.
E quando toca, eu sempre quero saber logo quem é. Sempre fui assim. Mesmo quando tem bina, atendo logo pra ver quem é.
Atendo.
E aí, os segundos, ou milisegundos, que se seguem são de uma eterna espera com a mão no switch da língua.
Eu digo “alô”. Mas não espero um outro alô de volta, na verdade não espero nada, só espero alguma cosia... qualquer coisa. Em qualquer língua.
Em português, em inglês, em espanhol, em francês. Uma resposta pro meu “alô”.
O engraçado é que já estou acostumada com essa troca constante de língua. Passo de uma pra outra e vou e volto normalmente, com confusões, claro e às vezes deixando parte da conversa incompreensível, mas vou indo.
O problema é que no telefone, quando não se sabe quem está do outro lado da linha, a minha língua mãe, o português, fica prontinho. Então eu sempre demoro alguns minutos pra mudar pra alguma outra língua. E esse é exatamente o problema. Quando eu mudo, nem sempre mudo pra língua certa. Vou passando de uma pra outra, sem regra, sem coesão. Assim, sem mais nem menos.
- Alô!
- Danielle?
- Sim, quem fala?
- Danielle, soy yo, Rosa!
- Hi, Rosa! How are you? Digo, como estás? (português meio espanholado e aí me dou conta que não falo espanhol e fico na dúvida)
- Bien (em espanhol). Que passa?
- Estive fora essa semana (de novo português que soa como espanhol, mas me dou conta que eu falo francês e que ela entende e tb fala e mudo então). Je suis allée...
E aí a conversa fica o mais surreal possível. Eu respondo em francês e ela em espanhol. No telefone. Nossa... e depois ninguém entende pq a minha vida é tão interessante aqui, apesar de difícil.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

marché

e o pêra disse que na vendinha não volta mais....

pear

o seu pereira deixou de ser pêra. agora ele é pitanga!

vent

me lembro dos dias frios naquele outro apartamento. tinha um vento. não sei de onde vinha. tudo fechado, mas tinha um vento. o vento de muitas coisas vividas ali. ventos que passam e que se foram... mas sempre tinha um vento.

me lembro que às vezes eu passava dias sem sair de casa. eu e o vento. friozinho. aquele barulhinho constante de uma grande avenida logo ali. e aquela luz de meio de tarde. reflexo do sol nos vidros dos prédios. no janelão a persiana na horizontal total, as paredes ficavam de listinhas e as listinhas mexiam, era o vento.

até que eu pintei a parede de listinhas, cada uma de uma cor. e eu ficava lá horas, dias, olhando as listinhas. e curtia aquela casa como se fosse a minha concha. com um vento que eu nunca entendi muito bem.

quando algum coisa não vai bem a gente acha e já logo põe a culpa no que tá faltando. parece que todos os meus problemas vão sumir se eu tiver dinheiro, se eu tiver uma casa, se eu tiver uma máquina de secar roupas mais possante. não! o vento continua ventando.... e vai ser sempre assim....

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

escalier

fatias de escada.

to go, please

ele saiu, pediu, comeu. não pagou, não embrulhou, não levou. não ligou nunca mais.
não gostou? não viu? fingiu? sorriu e mostrou os defeitos...

froid

Sempre que eu acordo, levanto da cama e corro pra janela pra ver o tempo lá fora como está. Eu acompanho toda a previsão meteorológica e confirmo (ou não) o que eles dizem. É como o primeiro passo do dia, literalmente. Ali na janela, eu decido com que roupa eu vou, com que sapato, e mais ainda, se vou ou não sair de casa.
Segunda-feira. Nevou a noite toda, de domingo pra segunda. Mas neve mesmo, daquelas nevascas de filme, coisa que não acontece em qualquer cidade - normalmente nas cidades neva e ja logo derrete, mas aqui em Montreal nao, aqui neva, não derrete e fica lindo por um tempo até virar um caos. Então acordei e vi aquele mundo branco e já logo pensei: "nem fudendo que eu vou trabalhar"... não fui! Fiquei o dia todo na rua, andei na neve, apreciei, ri e fiquei muito feliz com o cenário... dei umas derrapdas, mas não caí! Eu e a minha botinha mequetrefe brasileira aguentamos bem esse snowday... dia sem aula e cautela no trânsito.
Terça-feira. A previsão dizia que nevaria a noite toda de segunda pra terça. Nevou, mas não foi tanto. Dizia tb que terça nevaria o dia todo. Está nevando. É uma neve ralinha, a gente não dá nada por ela, mas fica... claro que não fui trabalhar de novo, mas hoje não só pra ficar me divertindo com o brinquedo branco, mas pq pensei "vai ser foda andar na rua hoje" e vai mesmo... a altura da neve passou o joelho onde ela cai e fica, onde o caminhãozinho passa e tira da calçada tá ok, mas esse mesmo caminhãzionho joga a neve pro lado, então o problema são as esquinas, impossível, o monte de neve tá na cintura. Portanto cá estou eu, com a janela aberta, na cama, de pijama e roupão, tomando uma bebidinha quente, olhando o branco lá de fora e pensando em ir no supermercado comprar cebola...
Amanhã, se por acaso eu resolver dar as caras no trabalho, eu vou morrer de remorso de não ter ido por dois dias... aí eu fico duas semanas sem comer... complexo.
ps1. a falta de foto: não é só pq a bateria da minha câmera morreu e uma nova custa CAD$80.00, é tb pra exercitar a imaginção dos leitores... hehehehe...
ps2. a imagem la do início é a telinha que fica aqui no meu desktop, com o boletim meteorológico online, e quando tem perigo de muita neve ou snowstorm ele pisca um raiozinho vermelho.... legal!