sábado, 27 de dezembro de 2008

in my iPod

...Mas hoje eu só queria estar em Salvador
Pra dançar sem parar só com o som do tambor
E sentir o que só ele faz no coração

Mas hoje eu só queria escutar uma canção
Do Caetano ou do Gil, para poder a alma lavar
Na imensidão das águas desse som

Mas hoje eu só queria abrir os braços e voar
Me esparramar no azul sobre a plantação
Ter o melhor que a vida possa me dar
...
Não quero uma canção de amor
Quero carnaval e Reveillon
Na rua, até a lua vir buscar o sol

Não quero lágrima alguma
Quero um show de Jorge Ben Jor
Na rua, até a lua vir buscar o sol

Não quero saber de tristeza
Quero só riso na multidão
Não quero escuridão
Eu quero praia em dia de sol
Não quero lágrima alguma
Quero um show de Jorge Ben Jor
Na rua, até a lua vir buscar o sol.

(Wilson Simoninha)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

dieux

forgive me for wasting love.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

la rue blanche

(os meus títulos andam cada vez mais bobos...)

ta tudo branco la fora...
será que ninguém vai limpar a rua antes de eu ter que sair???

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

dans ton lit

sabe qual é a melhor coisa de dormir junto?
não é dormir de colher. não é acordar de manha ao lado da pessoa amada. não é esquentar o pé no pé do outro.
a melhor coisa de dormir junto é quando eu quero virar pro lado, me desprender dos seus braços e vc, com um único e simples gesto, me puxa pra mais perto, mesmo que dormindo, dizendo que me ama.
eu tb te amo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

new schedulle

5h45 - the day starts with a call from Fish...
9h00 - wake up, brush teeth and have breakfast
9h45/11h00 - time to surf on the internet, do laundry, do stuff around the house
11h00 - shower
11h45 - start cooking lunch and dinner
12h00/12h30 - eat lunch
12h30/13h30 - time to do stuff outside or relax in the house
13h30 - leave the house to go to work
13h36 - take bus 24 to metro sherbrooke, take the subway, change trains at berri-uquam
14h26 - take bus 106 at metro angrignon
14h50 - arrive at work
17h30 - first 15-minute break
20h00 - dinner breake, 30 minutes
22h00 - second 15-minute breake
23h30 - leave work and run to the bus stop
23h39 - take bus 106 to metro angrignon
00h20 - arrive at metro frontenac (miss the bus 94 for only one minute)
00h22 - take the bus 85 and drop off 3 blocks away from home
00h33 - arrive ate home exausted! sleep before one o'clock, cause the day starts again...

sábado, 22 de novembro de 2008

je ne sais pas

sempre fui fraca, cheia de medos, chorona. mimada.
agora quero ser forte, independente, corajosa. amada.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

§

I love your blue eyes... specially in the morning...

culturel

Essa tal de diferença cultural vai atormentando.
E não somente ela. Vem grudado na diferença o choque!
Choque de diferenças culturais.
Eu fui criada em família católica. Comendo pão com manteiga molhadinho no café com leite. Num pais onde é bem melhor ter curso superior, senão o perrengue é demais. Onde somos obrigados a votar (desde muito cedo alias) e onde não importa o tamanho da crise, o fracasso do governo, a estupidez de muitos ou ainda a ultrajante margem que separa ricos e pobres, sempre no Carnaval todo mundo se diverte como se fosse a ultima vez e como se todos fossem iguais.... só no Carnaval!
Agora vivo num mundo onde é bem mais fácil ser pobre. Fazendo rotação entre as roupas de verão e inverno dentro do armário. Deixei o açúcar de lado e os queijos frescos. Aqui o que não importa é grau universitário, todos são iguais, tem o mesmo direito, e a cultura de cada não esta diretamente ligada ao quanto de dinheiro o individuo possui ou quantos anos de vida académica ele cursou. O sistema de saúde é mais justo, porem nos da menos oportunidades. A quantidade de comida servida em jantares é sempre, absolutamente sempre, bem menor do que EU espero, tb não importando se o jantar é no bairro rico ou no conjunto habitacional. Politica ainda é discutida em mesas de bar ou na banca de jornal da esquina, porem o que se questiona é o que o cara faz ou não faz e não o quão corrupto ele é. A maior preocupação, de tempos em tempos, são as guerras, guerras pelo mundo a fora, soldados isolados em terras hostis. Isso sim é assunto. Na TV podemos ver meninas balançando as bundas pra la e pra cá, mas as bundas são bem mais cobertas. Uma coisa que é exatamente igual, sem tirar nem por são os adolescentes... esses sim tem uma extrema capacidade de mesmo com todas as diferenças sócio-culturais e de língua, sempre se manterem num mesmo padrão... roupas, jeitos, girias... incrível...
Já não me sinto mais tão perdida como antes e me sinto quase que totalmente incluída no cenário local. Me esforço o máximo que posso pra me relacionar com os habitantes daqui, nativos. Não quero deixar quem eu sempre fui pra trás, mas quero ser mais que só isso, quero ser um pouco dos dois. quero me preocupar com os soldados perdidos no Afeganistão, mas só ate o Carnaval...
Aparentemente eu agora tenho uma família canadense. Fui surpreendentemente acolhida com amor e carinho. E ainda que com o rosto vermelho de vergonha e o dente azul de vinho, eu sei que posso cumprir a tarefa de ser uma pessoa interessante. E ao que consta nos tablóides de hoje, eu fui la, botei a cara, conquistei alguns corações e sai vitoriosa, com honra e louvor. No balanço de um dos finais de semana mais tensos da minha vida o resultado é que eu me sai bem.
Viva a diferença cultural...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

into my life

you call me on the telephone...
os seus cachos...
e aquelas portas de armário de nunca, nunca se fecham.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

rose

eu acreditei que aquelas flores vinham do coração
e não de um vicio mesquinho qualquer...
foi no amigo, no amado e no amor
que eu acreditei naquele buquê de rosas...
e tão confiante, boba, me pintei das cores todas.

domingo, 2 de novembro de 2008

idée

Bagel Club Sandwich in the box!

vi no chongas.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

snow

É mesmo muito fácil me fazer feliz. Pq esta tudo nos detalhes, desde o mais simples, ate o mais imperceptível complicado... Hoje a felicidade extrema veio de madrugada. Vi num nick de messenger que estava nevando. Corri pra janela. E estava!!! Esperei a primeira neve desde a semana passada. Olhando sem parar pela janela, sempre que a previsão avisava. Mas nessa madrugada foi meio que surpresa, pq eu não esperava, eu esperava já desesperançosa. Corri pra me agasalhar, peguei a camera e sai nas varandinhas da frente e de trás pra tirar foto. Claro que em situações como essas a qualidade de registro fotográfico nunca é das melhores, mas o que vale é a intenção e principalmente o registro em si. Fiquei parada na janela, olhando como tudo ia ficando branco. Quando acordei, já de manha, não havia mais nada, nenhum vestígio da neve.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

love?

I travelled so far to change that lonelly life.
Now I wanna know what love is, and maybe I want you to show me.
Because I don`t know anymore what is to feel love.

sábado, 11 de outubro de 2008

¤

as lâminas do seu sarcasmo já não me cortam mais... ou eu me acostumei com a dor.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

teclando

descobri como colocar o ~ no não sem ter que usar o corretor. é uma gloria.
posso negar a vontade agora.
não. não!!! Nãããão!!!!
so falta o acento agudo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

beaucoup de monde

gosto das pessoas em fotografias pq nas fotografias elas não me incomodam tanto...

domingo, 5 de outubro de 2008

amor?

eu não acredito no amor. o que não quer dizer que não sinto todas as coisas boas (e ruins) que todo mundo sente e chama de amor. eu simplesmente não dou um nome pra isso. não chamo de amor e nem digo que amo. do meu jeito nunca é cedo, nem tarde pra amar. não sofro de amor, sofro pq tenho que sofrer. não sinto frio na barriga de amor, sinto frio na barriga, e ponto. amar, a palavra amar, é uma invenção pra uma combinação de sentimentos. eu desinventei o uso dessa palavra na minha vida. sera que é amor?

blogar

perdi o interesse pelo blog. não sei mais escrever. só sei tirar fotografias.
pra saber de mim vai no flickr.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

les plans

o turbilhão de acontecimentos inesperados totalmente planejados parece estar passando, mas eu continuo envolvida com frutos colhidos desses últimos e felizes acontecimentos... não tenho muito pra escrever mas andei fotografando muito, tem alguma coisa la no flickr...

domingo, 21 de setembro de 2008

temps

há milhares de anos-luz.



há alguns meses.

sábado, 20 de setembro de 2008

photo

e de repente eu não estou mais nas fotos... será que fantasmiei de vez?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ramadham (1)

Primeiro dia: nem tanto a fome, mas a sede. Levantei cedo, 4h30. Lavei o rosto, escovei os dentes. Como se o dia começasse mesmo às 4 da manha. Preparei tudo o que eu poderia comer. Assim mesmo como um ritual. Pão na torradeira, suco no copo, leite, margarina, geleia, bolo... tudo num prato, em cima da mesa, uma vela acesa. Um silencio confortável, sossego. Um momento cheio de paz. Rezei. Não peço mais nada, agradeço. Comi. Quase nem aguentava mais comer. mas comi ate onde deu. Depois voltei pra cama. Dormi mal. O calor estava insuportável. Levantei mais tarde, me arrumei e fui trabalhar. 10h30 passou e eu nem vi, nem fiz questão do lanchinho da manha como de costume. Tb não fiz muita questão de almoço. Não sentia mais fome, sede. A sede me matou. O dia foi quente, qualquer coisa próxima dos 30 graus la fora, e dentro uns 37 pra mais. Às 2 da tarde eu não suportei e bebi 200ml de suco de maracujá, tb pra acalmar, pq meus nervos estavam embananados. Não tive tontura, não tremi, não senti nada... sede. Bem purificação mesmo. Na volta eu calmamente coloquei uma pizza no forno, enchi um copo grande de suco. Antes virei um copo dos grandes de agua. E ai comi lentamente. Sem pressa, sem prece. O comer por sobrevivência. Comer pra não cair, pra continuar lutando, pra continuar vivendo, afinal Deus nos deu essa vida, e temos mais é que agradecer. Cada um agradece como pode.

domingo, 31 de agosto de 2008

droite

pq de todos os tortos do mundo, vc é o torto que mais me deixa reta.

vivant

I CLIMB. HIGHER.
AND HIGHER STILL.
BENEATH ME.
THE CITY GLOWS
RED WITH HOPE.

I AM ALIVE.
MORE ALIVE
THAT I'VE EVER BEEN.

THIS IS BUT
A MOMENT OF ETERNETY
THE FUTURE HAS ARRIVED

AND I AM READY
THE SKY IS NOT THE LIMIT.

(cirque du soleil)

fromage à la creme

sim, eu continuo passando margarina no pão como se fosse cream cheese.

sábado, 30 de agosto de 2008

c'est qui?

ela é doce e nervosa. ansiosa.
inteligente. entende de musica, arte, teatro. tv e fotografia.
tem uma beleza sensível. exposta.
fala bem, mas argumenta mal.
é apaixonante, hipnotizante. irritante. intrigante. interessante.
faz charme quando quer carinho.
faz charme quando quer brigar.
é grossa muitas vezes. não sabe calar.
mas cala. pratica e rápida. indecisa.
sofre. chora e ama chocolate.
mas vive sem tudo isso. exceto bananas.

domingo, 24 de agosto de 2008

esperanza...

«If I had a penny
For every time I caught you
Undressing me with your eyes
I'd be a rich one and then
I could prove all my senses
Were real all along
You wanted me too»

Esperanza Spalding

roadtrip


Saímos cedo, mas não muito. O objetivo técnico era fazer uma troca de mala na casa da Sistha. O objetivo distante era La Grosse Vache.
Me incomodei um pouco com a idéia de passar o dia dentro do carro. Mas tive certeza de alguma diversão.
O combinado era mesmo se divertir e tirar o máximo de fotos possível, e sempre, sempre parar pras fotos legais.
Primeira parada, menos de um quilometro de casa. McDonalds pro café da manha. Gordura, gordura e carboidrato. A proteína a gente nem tem certeza se vem mesmo de animal. Mas seguimos em frente, comendo no carro. Na merendeira tinha bolo de pseudo-chocolate, pra quebrar o salgado do ovo e bancon.
Na estrada ja. Musica alta. Sol. Muitas vans. Um pouco de tráfego.
Segunda parada, Bromont. Estação de ski engomadinha. Carrões. Muitas lojas e preço alto na gasolina. café, chá e banheiro? Banheiro? Comprei um moleton.
Roda rodando...
Quase 3 horas depois de sair de casa chegamos a Sherbrooke. Uma mini Montreal foi a minha melhor descrição. O almoço foi rápido, simpático e apetitoso.
Mais estrada. Em direção a pilha de pedras em formato de vaca. Uma hora ao Sul (se não me engano). Na minha cabeça isso seria tão estranho quanto tapar o nariz pra mergulhar. Imaginava cosias totalmente absurda que ficariam bem longe da realidade.
No som do carro tocava a trilha de Elizabethtown. Eu tinha sempre um sorriso no rosto, fruto da noite anterior, de anos anteriores, de um tempo que ficou la atrás. E eu pensava naquela viagem, no objetivo daquela viagem. No que nós estávamos buscando. O que queríamos encontrar pelo caminho ou no final dele. Cada uma buscava alguma cosia. Mas no fundo acho que nós três buscávamos na nossa Elizabethtown logo ali. Criamos certa expectativa quanto a isso, é fácil dizer, pelo nosso olhar.
Enfim avistamos a vaca ainda da estrada. Grande. Uma pilha de pedras brancas e pretas. Com uma cabeça de metal. Madame Broute-Broute era seu nome.
Mais fotos. Carro. Estrada.
Na volta o silencio era relaxante, tanto que dormimos. Mas acho que o silencio era tb a maneira que encontramos pra pensar de novo nos nossos objetivos. Pensamos no que esperávamos daquela viagem. Onde estava então a nossa Elizabethtown. Pensamos em tantas outras viagens, pé na estrada. Pensamos em toda a diversão que tivemos num dia de verão a 30°C.
Banhieros, café, gasolina, sorvete e mais estrada.
Pra terminar o dia, foto na pira olímpica de Montreal.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

réveil matin

o despertador não tocou. acordei sozinha as 6h45. o ônibus passa as 6h51 no ponto que fica a duas quadras grandes daqui de casa. uns 150 metros.
acho que bati o recorde olímpico dos 100m feminino. levantei da cama, me troquei, escovei os dentes (mal), peguei o almoço na geladeira, calcei o tênis, peguei a mochila, o celular, o passe do ônibus, o cartão de ponto e a chave de casa. nem lavei o rosto e nem fiz o sagrado xixi da manha. corri ate o ponto e ainda esperei o ônibus por 1 minuto. ou seja, em menos de 6 minutos eu fiz tudo isso. correndo e depois fiquei sem ar. claro! mas o pior foi que a manha foi dura, difícil. preciso daquela hora antes de ir trabalhar, preciso acordar. mas... acontece... é raro, mas acontece de eu perder a hora.

domingo, 17 de agosto de 2008

greques

Sobre danças típicas.



Fui ver um show de dança grega. De graça num parque.
As pessoas vestidas com roupas típicas, comendo comidas típicas. Vivendo e mostrando seus laços com as origens. Foi bem interessante. Mas mais que interessante foi tb intrigante. Fiquei ali, vendo aqueles homens e mulheres dançando e me lembrei de índios na Amazônia ou de algum outro lugar do Brasil. A posição em roda ou meia roda, a cadência dos passos, o ritmo marcado com os pés no tablado. A voz melodiosa, mas as palavras repetidas como um mantra. Todos com a mesma feição. Somos todos índios. índios vestidos e com utensílios sofisticados, mas índios. índios gregos, americanos, africanos. índios.

Não entrei na roda, não fui dançar. Minha tribo é outra. Mas sou tão índio quanto aqueles dali.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

o que passa...

ruim essa coisa na vida de a gente ter que abrir mão de alguma coisa pra ter uma outra. desejos sao desejos e não deveriam ser anulados quando o um ou outro é alcançado.

pq não podemos ter duas mulheres? ou pq não podemos casar e comprar bicicletas. pq pra ir é preciso vir?

eu acho que sou recém nascida na arte de administrar desejos. pior... detesto ser objeto de desejo de alguém que não pode me querer.

ai ai... algumas coisas seriam tão mais fáceis... sem regras, sem leis, sem traumas...

où?

antes de saber de mim sei de ti.
escolhi uma cidade. te convidei. vc aceitou.
vamos nos ver, depois de algum tempo e de tanta embromaçao.
vou ver seus medos de perto e vc vai rever as minhas virtudes.
vamos rir. beber baldes de cerveja gelada.
vamos tb chorar.
mas acho que mais nada.
nem vc vem me ver e nem eu vou ai te encontrar.
vamos passear juntos em algum lugar novo.
pego seu telefone e ligo quando eu chegar,
depois do final de semana eu ligo quando ja estiver em casa segura.
e tb pra te dizer que adorei o final de semana.
boa viagem.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

vien me voir

não me canso de dobrar a esquina e te ver. sorrir um sorrisinho de vergonha. fugir com os olhos, mas querendo te pegar com as mãos. assobiar alguma melodia boba. apertar o passo.
enquanto vc com certeza nem me vê. nem me olha se sequer tão pouco me ouve.
eu ia te dizer coisas lindas, te encher de carinhos e te iludir de amor.
espero todo dia, quando dobro a esquina, te ver novamente.
e vc, mesmo sem saber que eu vou dobrar a esquina, esta sempre la.

faire rien...

Vamos là. Vou tentar, em poucas palavras (quem me conhece sabe que isso não é fácil pra mim) ensinar alguém a complexa arte de não fazer nada. Bom... eu, que não tenho vergonha nenhuma de declarar em publico que não gosto de trabalhar, sou a rainha da idolatria ao ócio. ócio!!!!

Nunca me esqueço de uma aula que abriu meus horizontes nesse sentido. Na faculdade (claro), o professor era o Ricardo (um amor platônico pra metade das garotas da classe), ele falou qualquer coisa sobre a teoria do não-transporte, que no final das contas quer dizer que as pessoas deveriam se locomover menos para trabalhar nas grandes metrópoles. Trabalhar em casa ou morar perto do trabalho, mas se deslocar o mínimo possível. Não-transporte. Mas a minha cabecinha avoada guardou a teoria do NÃO-TRABALHO. Rà.... virei piada, mas pra fugir da piada resolvi pregar a ideia. Oras, muito inteligente a minha sacada... não vamos só não nos transportar pra trabalhar, vamos tb parar de trabalhar ué.... Mais e mais risos... Nunca nem liguei. Até hoje prego isso. Trabalhar por prazer, trabalhar com coisas apaixonantes. Não viver obcecado pelo trabalho. Não fazer qualquer coisa por dinheiro. A vida não deve ser assim aos meus olhos. Já perdi a conta de quantas vezes já mencionei isso aqui no blog.

Claro que nem eu aguento ficar dias e dias sem fazer nada, deitada na cama olhando pro teto. Talvez no máximo uns 3 dias. Mais que isso vira depressão e a idéia é justamente o contrario. A idéia é ser o mais feliz possivel dentro do ócio.

Lavar a louça por exemplo. É uma coisa que deve ser feita, não podemos deixar de fazer. adiar talvez, por um tempo, mas eventualmente tem-se que arregaçar as mangas e botar a agua e o detergente pra funcionar. Eu pessoalmente uso esse tempo lavando a louça pra pensar. Eu considero isso um ócio produtivo... hehehe... paradoxal, mas faz sentido. Não? Adoro ficar la com a mão na água, brincando, pensando, lavando.... perco a noção do tempo.

E já que a idéia aqui é tentar emprestar pra alguém algumas idéias de como ser ocioso ainda digo. Primeiro é importante se ter consciência do potencial de vgabundagem. Sério, pensa só.... se não se souber ocioso a coisa toda desanda. Consciente de não fazer nada, coloca-se então em pratica. Muito importante: livrar a mente de qualquer preocupação como filhos, emprego, conta do cartão de crédito, chefe, vizinhos que incomodam, nada disso pode atrapalhar. Deve ser um momento seu consigo mesmo. Livre-se dos pensamentos sobre assuntos que podem gerar qualquer negação de ócio.

Escolha um lugar confortável. Cada um tem o seu.... o meu é o meu quarto, já que não tenho uma casa só minha. Da porta pra fora do meu quarto sei que encontro complicação. Dentro dele estou segura de qualquer negócio.

Ai vc pode pensar numa atividade. Uma coisa leve, como mascar chiclete. Trançar os dedos das mãos uns nos outros. Olhar pela janela. Coisa simples. Nada que exija muito do seu cérebro. Nada que te leve de volta do lugar onde partimos. E veja que já pensar e planejar tudo isso faz parte do momento de não fazer nada.

Evidente que se deve relaxar. Soltar os ombros. Desfranzir a testa. Deixar o maxilar cair. Folgado. E por falar em folgado, roupa é fundamental, tem quem goste de não usar nada, mas eu acho que é bem saudável usar uma roupa confortável ao menos, como pijama.... quer coisa mais gostosa do que pijama? eu diria que pijama é uniforme pra não fazer nada.

Já estando de pijama tem muita gente que dorme. Dormir é legal. Mas tb perde-se um pouco do tempo destinado a não fazer nada.

Zapear a TV tb é legal. Mas no momento que parar por mais de meia hora num mesmo canal deixa de ser vagabundagem.

Dicas: desligar o celular. Não atender o telefone. Estar offline por completo da internet. E mais ainda... não pensar em nada disso. Ouvir musica pode ser uma boa. Brincar com o cachorro tb.

Tem muita gente que vai pr'um bar, boteco mesmo, e fica la, tomando cerveja, vendo a vida dos outros passar apressada.... isso é bem coisa de gente de cidade de praia. Tb colocar cadeira pro lado de fora das casas, na calçada mesmo (bem de praia tb) e ficar olhando a rua, como se ver a rua desse paz... desse paz de saber que não se esta dentro daquela confusão.

Acho que cada um tem que descobrir seu próprio não fazer nada. Cada um tem um grau de ociosidade (ta certo isso?)...

Conheço gente que adora ver o ventilador de teto girar.... tb tem gente que gosta de contar quantos carros amarelos passam na rua. Outros nem sequer conseguem pensar em fazer nada. Eu sou daquelas que precisa de umas 2 horas por dia de não fazer nada.... e no final delas, normalmente eu penso que quero mais.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

panelas

já ia me esquecendo.
dita, sinto sua falta. sinto falta do seu arroz. arroz pra mim nunca foi o mesmo. queria te contar de mim. queria que vc ainda estivesse aqui. vc foi minha mãe. e eu te amei, te amo ainda. parece que ainda esta de ferias, em tubarão. mas deve estar la em cima, fazendo festa. os ratos fazendo festa no céu. bem agitado. guarda um pedaço do bolo pra quando eu chegar. e fala pra vò que ela tb me faz falta. saudades.... feliz aniversario.

oui oui oui

ta bom ta bom, eu paro de falar de trabalho.

saber de si.

eu não sei muito de mim. aprendo um pouco a cada momento. hoje fiquei sabendo que realmente tenho espírito de liderança, como alias eu já suspeitava. sobre a sistemacidade (?) eu já sabia. mas acho que ando piorando, cada vez mais sistemática. o perfeccionismo tb não deixa escapar nada, e as pessoas me detestam por isso. ser tão sistemática, tão perfeccionista e tão chata com a supervisão me fez perder umas amigas. mas entra como qualidade pro meu cv. eita mundo sem parâmetros. la vida no és facil. enfim... vou levando, até que não dê mais.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

?

é. ta tudo bem! e esta.
mas assim de repente, me escorrem as lágrimas pq não quero mais fazer parte desse mundo.
pq não encontro mais aqui um lugar onde se vê respeito, paz, harmonia, solidariedade, diversão ou qq coisa boa. aqui tem muita coisa negativa. muita raiva. muito preconceito.

e eu to falando do planeta terra.

qui

a quem possa interessar.... por aqui estamos todos bem... eu, meus sentimentos e minhas confusões.

domingo, 10 de agosto de 2008

paix

Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Evitar esse amor
É impossível
Evitar a dor
É muito mais
Você arruinou a
Minha vida
Me deixa em paz

(Monsueto/Ayrton Amorin)

sábado, 9 de agosto de 2008

singe

achei que merecia ser postado
espalhem!!


chemin

Então... hoje sai a pé. Sabia que era longe, mas perdi o ônibus de propósito. Fui a pé. E ai é assim... o caminho era novo, e eu sabia que poderia encontrar surpresas agradáveis e desagradáveis, mas fui assim mesmo.

Tudo ia muito bem, como alias todos os passeios a pé por novas redondezas que eu já dei aqui em Montreal. Mas eis que avisto a linha do trem... a mesma que tem entre minha casa e o supermercado e entre a casa e o trabalho. De casa pro supermercado o trem passa por baixo da rua, gosto de ficar olhando ele ir, vir, de vez enquanto. Do trabalho pra casa o trem passa por cima da rua, numa ponte de ferro, tenho medo de passar por baixo quando o trem esta la, parece que vai cair, passo rapidinho e como a ponte é de ferro faz barulho, mas não fica escuro em baixo. E na ponte de hoje era beeeeeeeeeem escuro em baixo, já dava pra ver de longe que eu teria que passar por baixo e no escuro. Já logo apertei o passo e olhei mil vezes pra trás pra ver se não tinha nenhum ser sinistro me seguindo ou se o ônibus milagrosamente não viria pra me salvar do sufoco.

Eu mesma não entendo o medo (pavor eu diria), a cidade é segura e os seres sinistros não são exatamente perigosos. Assustam mas não oferecem perigo. Já debaixo da ponte e no escuro, com barulho de carros e do trem eu senti muitas coisas ao mesmo tempo. O sentimento é que tem alguém atrás de mim na eminencia de me estrangular. Pode ser um dos seres sinistros da cidade, pode ser um monstro-malvado, pode ser uma planta gigante com vida ou qualquer outra coisa pensante que a minha imaginação insiste em criar. Eu sei que isso não vai acontecer, olho pra trás e vejo que não tem nada la, tenho um milionésimo de segundo de paz no coração, mas quando volto a olhar pra frente o sentimento de pavor volta. Rezo. Aperto os olhos pra tentar não ver, mas logo abro de novo. A coisa toda não dura mais que dois minutos, mas são minutos intensos, longos e eu pareço estar em cima de uma esteira rolante que mesmo que eu ande pra frente ela me leva pra trás, a luz depois da ponte do trem insiste em não chegar e o outro lado parece muito distante. Isso só pode ser algum trauma é o que passa pela minha cabeça.

Eu me acho tão forte e tão destemida, encontro sempre o meu caminho sozinha e apesar de todos os medo nunca deixo de tentar, de correr riscos, de pagar pra ver... mas com ponte é outra história. Não é medo. É um pavor inexplicável de coisas que eu tenho total consciência só existirem dentro da minha cabeça.

O que fazer? Dar meia volta? Jamais! Subir e atravessar no meio dos trens? O perigo é mais real e físico nesse caso. Acho que o melhor é encarar a escuridão e todos os monstros que me seguem e chegar do outro lado e respirar aliviada, quase olhando pra trás, mostrando a língua e pensando que mais dessa vez ele não conseguiram me estrangular.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

voir

e quando vc me olha assim por baixo do livro, seus olhos querem dizer 'eu te amo', mas sua boca diz 'eu te adoro'... pq sempre testamos tanto a nossa capacidade de não amar?

des choses

algumas coisas precisam ser ditas....

1. ninguém é insubstituível, mas alguns são difíceis de substituir, se toma tempo....

2. meu chefe usa sapato de cor diferente do cinto.

3. eu sou uma chata como chefe, bitch boss...

4. amar me deixa bestinha...

5. já não sinto mais saudades.

a vida ta ficando boa.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

du livre

gosto de te olhar.
sinto saudades de te encontrar.
quero te ver.
quando será que nossos olhares vão ainda se cruzar?

te espero baixinho. num canto apagado.
ouvindo, ouvindo...

sua voz, seus cachos, seu maço.
me encantam...

me come, me dorme, me beija e me engana...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

le bosse

virei chefe e perdi regalias como usar iPod no trampo e meia-horinha pra comer alguma coisa...
mais trabalho, mais dor de cabeça, mais correria, mais medo, mais francês, maior tb é a sensação que as coisas vão ficando melhores e que o Big Boss ta satisfeito com a minha presença la. eu e as máquinas nos damos excelentemente bem. com as pessoas nem tanto, mas ainda marcha bien... com o computador ainda é meio complicado, mas em uma semana eu pego o ritmo. só espero em Deus que o $$$ seja melhor. vai ser!!!

domingo, 3 de agosto de 2008

naked guy

alguém será que poderia fazer o favor de pedir pro mocinho ir se vestir, ou pelo menos parar de passar na minha frente sem camisa, com o cofrinho e com a barriguinha deliciosa aparecendo????

o salvador do episódio esquilo mora logo ali, atravessando o beco. o fundo do ap dele da de fundo pro fundo do meu.... o meu Deus, quanto fundo!!!! e ele tem um balcaozao, todo cheio de parafernalia e ele da muitas festas. sempre vejo ele pra la e pra ca, de braço quebrado, de sacola de supermercado, de guarda chuva, sempre, sempre e sempre, de chinelos e sem camisa. acho que o coitado não tem camisa. hummmm....

mas eis que hoje, domingo nublado, acordamos, a jo e eu e estamos nos duas, solteironas, velhas e encalhadas tomando nosso café da manha e percebemos a movimentação no fundo do fundo ali no fundo... fui ver. simples assim: o nosso naked guy tava dando uma geral na parafernalia. de bermuda, com o cofrinho lindo (acreditem, é lindo) aparecendo e aquela barriguinha... ai meu Deus!!!

volta, volta.... bis bis...

não, it is gonne.... ate daqui a pouco...

♪ se acaso me quiseres... ♫

sou dessas mulheres que só dizem sim...

vou dizer quem eu sou. sou mulher. sou forte. sou pronta pra guerra. tenho medo de muitas coisas, mas encaro tudo com o maior respeito (com excessão de alguns animais felpudos). não tenho medo do trabalho pesado. tento sempre me comunicar. sofro de amor e ao mesmo tempo não acredito nele. me apaixono. e me desapaixono. sempre me acho gorda. a cada dia descubro uma força nova. encaro qualquer dureza. não troca nada por diversão. falo pelos cotovelos. uso sempre a cabeça. a minha e as dos outros. mas não penso muito pra falar. tenho medo do escuro, mas acendo a luz. tenho vergonha de não saber, procuro aprender. não sei cozinhar, me contento com o que tiver, se for bom, melhor ainda. adoro tomar banho. detesto andar descalça na chuva. sou alegria. e mais alegria. não reclamo mais de nada. dou conselhos. sou melhor amiga em 10 minutos. sou mais amiga ainda em 10 anos. em vinte... guardo tudo. não jogo nada fora. não tenho bolsa. não uso saia. bebo cerveja e falo bobagem. não fumo, não uso drogas e não acordo penteada. me repito com facilidade...

a semana foi dureza. primeiro tive que provar pra mim mesma que sou capaz. depois tive que parar de achar alguém pra resolver pepinos que são meus. e então o chefe começa a me dar mais pepinos. mas engraçado como eu sempre tenho um sorriso no rosto. dormi bem menos do que eu gostaria e comi bem mal. tuuuuuuuuuuuudo bem! no final fui eu quem saiu ganhando. certeza!

terça-feira, 29 de julho de 2008

sobre as horas...

vou subindo a rua e olhando pra dentro das casa, dos lares. pelas janelas.
vejo as vidas, os outros. dos outros. dois outros. conversar. velas, tapetes e tvs.
vou subindo a rua mais um pouquinho e vejo você. atrás da cortina de renda. todo de verde. com o violão na mão. pronto pra me seduzir com sua musica. alegre. sentei na beirada da calçada e fiquei ouvindo seu som. vendo vc como um filme. toca mais uma? fico aqui de vestidinho de florzinha, toda feliz de ouvir o meu amor me tocar em fá e em si.
te vejo sempre na janela.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

sem meios

conheço uma porção de gente que já desistiu. outros que continuam esperando. eu, pra ser bem sincera, não estou nem de um e nem de outro lado. estou de lado algum. mas confesso que me frustro ainda. tb tenho medo de rejeição e tb acho sempre que tem coisa melhor. mas me irrita passar desapercebida ou então simplesmente quando eu mesma deixo escapar oportunidades. hoje deixei uma oportunidade barriguda escapar. enrolei demais o dia todo, ou ate talvez a semana toda. no final, me embaracei toda, como uma arame-farpado. não dei meu telefone, não peguei o dele, quase não consegui dizer adeus e nem agradeci a carona. então ta né... estão dizendo por ai que vai ver foi melhor assim, tb acho, mas me irrita. essa minha insegurança me irrita.

domingo, 27 de julho de 2008











pq tem sempre uma nova moda.
pq sempre tem um palpite pra pedir.
pq os olhos não abrem nas fotos.
pq o brinco é sempre de um lado só.
pq tem uma sonequinha, sempre.
pq me cai a cara.
pq ê ê ele não é de nada...
pq vc sempre fala com a cliente.
pq tem pãozinho fresquinho na padaria.
pq tem o mc.
pq na bolsa tem uma barrinha de cereal.
pq tem bem casado na esquina.
pq vc quer morrer com a minha camiseta do senegal.
pq vc se preocupa comigo.
pq vc me conhece muito bem.
pq bebedeira faz correr.
pq unhas de cigana.
pq mortìcia?
pq tem um anjinho e mais uma agora.
pq tem um docinho, que anda.
pq gatinho uuuuuuuuuuuuuuu...
pq eu vivo morrendo de saudade de vcs.

des oeufs

Passei a semana toda nervosa e ansiosa. Mais que o habitual. Nem sabia direito o motivo. Foi ficando pior quando a sexta feira vinha chegando e as coisas no trabalho vinham acontecendo com uma rapidez estranha. Eu trabalhando sozinha numa maquina. Operando uma outra maquina. Trabalhando extra time. Noticias de grávidas por la. E a minha unha diminuindo.

Enfim sexta feira chegou. E acabava ali meu prazo. O Big Boss estava com a fisionomia limpa (a gente nunca sabe se ele tá rindo ou chorando ou ainda gritando), achei que o momento era aquele, mas meus pés não conseguiam tomar uma atitude e ir la conversar com ele. Tive 15 minutos de intervalo entre um lote e outro de uma das maquinas. Achei que tinha coragem suficiente e fui la. Contei a historinha pra ele. Disse que agora que já tá tudo certo, que tenho meus papéis e etc eu preciso de algumas garantias com o trabalho. Preciso ser alguém aqui. E terminei a historinha perguntando se ele não tava a fins de me contratar registrada, declarada. Ele olhou bem na minha cara (ele nunca olha pra gente quando a gente fala), esboçou um sorriso e disse que SIM. Me deu tremedera, claro. Mas agradeci, devolvi um esboço de sorriso e desejei bom final de semana. No final da conversa ainda ficamos de fechar detalhes na segunda feira. portanto, depois de tanto sofrimento, eu estou com tudo dentro dos conformes. Como a dúzia de ovos dentro da caixinha, todos encaixadinhos. Tá tudo certo!

Eu espero que ele me pague mais. Ele sabe o quando eu trabalho e o quanto é duro o trabalho lá. Ele tem um coração enorme. Ele me conhece, sabe que eu não estou la pra brincar. Confia em mim. Ai ai ai... mais responsabilidade, mais noites mal dormidas, mais dores em tudo quanto é canto do meu corpo. Mas vamos lá, é preciso ser alguém. É preciso cruzar esse caminho pra chegar em algum lugar.

sábado, 26 de julho de 2008

não existem metáforas neste blog!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

dani`s day off

ganhei na loteria e fui pra África!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

lundi

segunda era o meu dia. eu tinha as noites de segunda. chegava em casa e tirava logo os sapatos pra te esperar. perdi a segunda quando ela teve férias. ganhei um pouco menos de correria. segunda tb foi uma despedida pra nós. mas tb foi um reencontro. foi um jantar, foi uma noite em claro. segunda agora eu já não espero mais. segunda, agora eu atravesso o final de tarde de robe e toalha na cabeça. não quero ser primeira, sou segunda, mas morro de medo da terceira! e vc, meu feriado prolongado, não me espere acordado, só volto quarta.

sábado, 19 de julho de 2008

feux d'artifice

(clica na foto pra ver a fonte)

pq eu ainda me impressiono com essas coisas, como uma criança!

arbres, livres et fils

meu pai sempre diz que tem tres coisas na vida que a gente tem que fazer.

1- plantar uma arvore.
2- escrever um livro.
3- ter um filho.

ta ai a prova que uma arvore eu já plantei. se eu puder contar uma pequena participação ilustrativa numa publicação, só vai faltar o filho...

mas olha a cara da garota plantando a árvore....


ça-va pas

Eu me lembro de ser uma adolescente purgantosa e a minha mãe me dizendo que queria só ver quando eu tivesse que acatar ordens de chefes chatos, muito chatos... que eu nunca ia parar em nenhum emprego... ela dizia tb que eu nuca ia arranjar namorado pq eu era muito bagunceira... hoje sou obcecada por organização.

Mas esse post é sobre chefes chatos. A praga que a minha mãe me rogou há milhares de anos não pegou. Eu tive alguns chefes estúpidos demais, mas nunca chatos. Tb devo confessar que não tive muitos. Faz tempo que sou chefe de mim mesma.

Mas agora tem na minha vida o Big Boss. Ele tem cara de mal. Parece que vai cortar as minhas mãos fora se eu vacilar e cometer um erro, por mais leve que seja. Ele pira e vive sofrendo com os enganos de inglês/francês. É um cara super estressado. Fuma um maço por período. Às 10 horas da manha já esta na terceira latinha de coca cola, normal. Ele rói as unhas. Manca pq machucou o pé jogando futebol. Parece que chora quando na verdade esta dando risada. Ele é dureza e não permite vacilos. Nunca!

É um cara complexo. Mas eu gosto dele. Gosto do jeito dele levar o negocio pra frente. Acho que ele arrisca muito e sempre se da bem. E isso é fundamental. Aprendo com ele. Ele é um cara que deu certo. Mas vai morrer cedo fumando tanto assim....

Eu já sei, só de olhar pro rosto dele de manha, se posso dizer bom dia ou não. Pq às vezes a gente diz bom dia e ele parece que vai engolir sua cabeça. Que medo! Mas tem que saber lidar com a fera. Ele nunca briga comigo, ou brigou raríssimas vezes. Ta sempre preocupado. Nunca me diz não. Gosta do meu serviço e faz questão de me dizer isso. Faz assim uma carinha de gatinho do Shrek quando a noticia é triste. Eu já fui e já voltei varias vezes, tem sempre trabalho pra mim... pq nos respeitamos, eu respeito as bravejadas dele e ele respeita os meus sumiços. e ele grita "go, go, go..." na linha de produção. É um grande figura.

Essa semana vai ser dureza pra mim. Acabou meu prazo de under the table. Precisamos levar uma conversa seria. Vamos ver o que me espera.... estou confiante.

terça-feira, 15 de julho de 2008

pas encore

Dez anos atrás eu pensava num futuro não muito próximo, eu adulta, responsável.Usaria scarpins e beberia vinho. O marido fumaria cachimbo na varanda do nosso apartamento de luxo de frente pro mar.

Hoje eu ainda não sou adulta. O marido busca outras ondas.

Mas acho que eu ainda espero um "o outro marido" que vai tomar chá verde quentinho e ler Nietzsche pra me fazer dormir. Enquanto o que eu espero não vem (pode ser que nunca venha), eu mesma abro as garrafas de vinho que bebo sozinha. Leio outros pensadores até pegar no sono.

Guardo em mim um pouco do que vc foi e ainda um tanto do que o outro é.

Só não deixo de acreditar.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

vent

tem um ventinho de verão no ar.
o sabor é doce de maçã.
o cheiro é de flores de todas as cores.
o clima é de que tudo vai ficar bem.
a companhia é eterna.
e o coração ta cheio de espaços vazios...

domingo, 13 de julho de 2008

sardines


A receita é bem simples. Misture duas encalhadas, algum álcool, filmes velhos, musica velha e uma pista de dança com um dj mal-humorado. Os resultados são surpreendentes. E as lembranças nem perto de serem eternas.

Começamos bem. Com um vinho mulherzinha, espumante rosé, Pink! depois martinis, cosmos, margaritas... mais pra la do que pra cá eu lancei a duvida da noite: "qual o motivo da comemoração?" e a resposta foi imediata "o primeiro festival da sardinha de Montreal!!!" E de fato é. E será! Estão abertas as comemorações pelo bom ano da sardinha, pelo menos aqui em casa.

O sábado afinal foi mais divertido do que o esperado. O domingo esta sendo, eu diria, passável. Mas vai melhorar, tenho certeza! Horrível ter que lavar a louça com cheiro de todo o álcool que não corre mais no meu sangue. Mais difícil ainda é lavar forminhas de gelo. Difícil e chato.

Se não temos muitas lembranças, temos algumas provas. Um corte no calcanhar, um corte no dedo (foi a lata da sardinha), uma vela vermelha e um carimbo nas costas da minha mão "POP 80"... sensacional!!!

Vamos de novo? Vamos de novo?? Quero mais...

sábado, 12 de julho de 2008

constatando

já reparou como o mundo é bem mais solitário do que aparenta?

as pessoas são cheias de si. querem sempre se mostrar mais felizes do que os outros em seus facebooks, orkuts, myspaces, twitters e o escambau. não valem nada! nem os provedores de insatisfação instantânea e nem as próprias pessoas que usam artifícios duvidosos.

o mundo é cheio de solitários. mas solitários poéticos. perdidos em suas solidões. angustiados para sempre na melancolia de ser sozinho. descrentes da procura. esses solitários lotam bares madrugadas a fora. talvez não durmam. talvez nunca chorem. constroem castelos com as ilusões dos outros, dos supostos felizes. escrevem suas amarguras e cospem de volta aos hipócritas.

existe a solidão no meio da multidão! e ela é o caminho.

cansei de quem depende de gente. de quem precisa se afirmar como pessoa estando rodeado de amigos-muletas e famílias perfeitas. esses solitários não merecem a minha companhia. esses precisam aprender que a vida é mais viva quando se tem a si e quando se sabe valorizar a única companhia que sempre está. não quero sempre viver sem ninguém, mas pq precisamos nos sentir rejeitados por um bando de estúpidos. se os estúpidos nos rejeitam é pq não somos estúpidos. não faz sentido?

eu me esqueci de guardar gente no meu baú pra usar depois como prova do meu sucesso. eu esqueci de conquistar amizades e tirar fotos pra colocar no meu álbum. talvez pq eu tenha jogado fora tudo que não me interessa mais. talvez pq quem tenha ficado são aqueles que realmente valem a pena; eu e mais meia dúzia de gatos pingados, sofredores e solitários.

quero acordar de manha todos os dias e me sentir satisfeita com quem me tem, pq esses se entregaram. vou acordar e sempre ter essa certeza. pq a solidão só existe quando consciente, quando acumulada, quando é. muito mais difícil é ser amigo de si do que fazer amizades...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

miroir

Ela olhava o reflexo no espelho. Ainda. Nova. Pensava.
Virava o rosto de um lado pro outro. Estendia os braços e esquecia da pinta no queixo.
Cruzava as pernas e voltava a abrir de novo. E de novo.
Estava de saia curtinha e a calcinha reluzia na imagem que via. E se surpreendia por nao se incomodar com aquilo. Pensava no que os homens pensariam se a vissem assim.
Segurava os cabelos pra trás. Pra cima. Soltava.
Olhava de novo as unhas do pé. "Preciso cortar essas unhas!"
Aumentou a potencia do ventilador de teto. Sentiu um arrepio por causa do vento.
Fez cara de choro e chegou bem perto do espelho. Depois fechou os olhos e se beijou. Como quem beija um amado. Continuou a beijar.
Suspirou.
"O jantar esta pronto", ouviu sua mãe chamar.
Fez cara de brava. Vestiu a camiseta suada, abaixou a saia, abriu a porta e nunca mais voltou pra ilusão.

mentiras de amor...

Reconnue par la capacité de développer des solutions créatives pour réaliser des résultats.


Nem todos somos tão excepcionais. Alguns de nós, ou muitos de nos, precisamos de uma ajudinha extra. Basicamente o que eu sei é resolver pepinos de maneiras inusitadas, no CV isso se transforma em capacidade de solucionar problemas com criatividade e em francês fica ainda mais bonito.

Mas eu tb sei trabalhar sob pressão e não tenho medo de ficar horas e horas presa no trabalho ate que o projeto esteja completo. Só não sei ainda como dizer isso....

Tô terminando a chatice de fazer CVs... volto assim que possível com inspiração zero provavelmente.


quarta-feira, 9 de julho de 2008

marcas

acho que tudo deveria ser marcado ja desde sempre, ou de antes. como consultas medicas.
estaríamos marcados pelos amores de infância. marcados pelas primeiras vezes da adolescência. marcados para as relações de futuro. marcados para os empregos, pros cheques no final do mês. marcados com hora e tudo pra mudar o mundo. tudo isso seria marcado. e teríamos tudo num papelzinho (as novas versoes de humanos viriam com um touchpad)... seria so olhar a hora e o local onde tivéssemos que estar e plim... o próximo namorado ja estava la, totalmente consciente do que rola. plim de novo e segunda começaríamos no novo emprego. e se ate as desilusões estivessem marcadas talvez o medo não existisse. ai, seria mais fácil.

une journée de plus

em montréal as vezes a vida é meio um fiasco.
eu me sinto dentro de um muquifo favelado, húmido e sem pintura. comendo de colher o meu almoço frio.

mas esses dias tem sido diferente. o lugar onde eu mais me encosto por aqui é a parede de trás da minha cama. e dali eu vejo bizarrices do quotidiano de um meio-subúrbio francês. pela janela, obviamente e com a devida proteçao da telinha pra mosquitos. mas além disso vejo um cenário meio retrô. uma tv trail (mesinha de armar pra comer vendo tv, beeeeeeeeeeeem americano o conceito) e a minha é dourada com formica imitando mandeira. em cima dela tem um ventilador prateado e azul totalmente modernoso, mas antigão; logo atrás, pendurado na parede tem uns círculos de acrílico, azul e rosa... será que é 1977 e eu ainda não sai do conforto absurdo do interior da minha mãe???? fora o aquecedor radiador que me faz lembrar todos os dias que uma hora, se deus quiser, o inverno chega!!

ontem sai de casa. fui tomar sol. um calor de um milhão de graus na minha própria escala. calor pra nao trabalhar, pra nao falar, pra nao fazer nada... se fosse em santos eu deitaria na poltrona e ficaria vendo tv o dia todo... mas aqui, fui tomar sol. de suquinho na mao, armada com protetor fator 50, deitada em baixo de uma arvore, olhando o movimento da ciclovia e do rio... rio??? é, rio! sem mar por enquanto.

mas precisava almoçar. almoçar muito. e almoçar barato. fui num buffet all you can eat. bagatela. comi muuuuuuuuuuuuuito. camarão, frango, carne, macarrão, arroz, purê de batatas, cogumelos, doce de maça, pudim de chocolate, mais camarão, lula a dorê, gelatina, pizza, pãozinho, melão, abacaxi e saladinha de tomate com feijão... (nessa ordem).

e ontem era terça. dia de cinema barato. fui ver um filme. engraçado. ri muito. me diverti. voltei pra casa, pro meu ventilador prateado. suada, querendo que o verão acabe de verdade.

hoje acordei e estava chovendo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

le lit

Não consigo me levantar. Passei o dia todo na cama.
Só comi porcaria. Bagel, pão, biscoito doce de Maple Syroup. Doce de damasco, pudim de leite condensado, arroz com linguiça apimentada. Refrigerante de cola, suco de frutas, um pouco de agua.

Tenho uma mesa nova. Com um ventilador em cima. Meu quarto agora é bem fresquinho. Bate sol no ventilados e a gradinha prateada reflete na parede, bonito. Mas a mesa dourada tb reflete na parede alguns raios de sol. E tudo fica ainda meio azul por causa das garrafas de agua italiana e grega na janela.

Tem musica que vem da sala. Pro cachorro. Tem tb passarinho la fora. Estalos no chão. poucos carros passando. Me da a impressão que eu não estou no mesmo planeta que eu estava ontem.

O dia todo na cama. Todo. E eu só queria que tivesse menos luz aqui dentro.
A FOTO QUE ILUSTRA O POST AIN`T NOBODY LIKE YOU (ATRASADA)

la fenêtre

Pedi pra ela fechar a cortina, disse que o vento arrepiava meus mamilos. Mas a verdade era que eu não queria encarar o mundo la fora.

Eu voltava da janela, com a sala mais na penumbra e vi que seus shorts já estavam na canela, a calcinha arriada até os joelhos. Ela estava sentada na mesa e ainda de tenis com os pés na cadeira. Eu disse que gostei da camiseta de girassol.

Ela me disse que gostava da minha camiseta. E num único movimento a arrancou por cima da minha cabeça de um um jeito que não pude nem pensar em negar.

Os cabelos ainda meio molhados da chuva de a tardinha cobriam parte do rosto. Senti sua pele fria e o corpo todo estremecido enquanto eu me aproximava, enquanto eu a tocava.

Eu fechei os olhos e pedi paciência. Calma.

Eu só conseguía pensar em tudo o que eu queria e ela só falava do quanto estava nervosa. Mas senti que tb queria. Me puxou e me desabotoou.

Nosso beijo é doce. Lento. Me enlouqueceu. Eu não conseguía tirar meus dedos dos seus cabelos. Não conseguía parar de querer tocá-la.

Ela puxou meus cabelos como que em um pedido de "quero mais". Sussurrava gemidinhos no meu ouvido. E me pediu pra aumentar o som.

Quando ela saiu pra aumentar o volume eu corri pro sofá como uma criança, quase saltitando, com medo de pisar no chão frio. Me esparramei no sofá e pedi que viesse logo.

Com aquele jazz num volume ensurdecedor gritamos e rimos de uma meia noite de folias, prazeres, orgasmos. Sem sol, sem luz, sem nunca, sem sempre... "Quero essa menina pra mim!"

(L.ars)

domingo, 6 de julho de 2008

ain`t nobody like you

e a banda começa a tocar. uma incrível vibração que vem do palco. a vibração de quem faz aquilo pq gosta, com prazer. sorrisinhos no meio dos versinhos... tão bom...

e o fim de semana tem sido agitado... volto amanha, se possível com muitas coisas boas pra contar...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

tournesol

(eu ainda não estou de volta... fico mais uns dias curtindo aquele cansaço extremo que dà viajar)

e o bom que é ter amigos???? e o melhor ainda que é viajar??? maravilhoso viajar com amigos, encontrar gente interessante pelo caminho, paisagens sensacionais... imaginar um lugar, ver esse lugar num cartão postal e logo assim, de sopetao, chegar la... e ver um monte de coisa nova...

como eu sou feliz de ver o mundo....


quarta-feira, 25 de junho de 2008

grandir

Acho que crescer é assim. É acumulando coisas novas.

Tudo deve ser importante. É fundamental sim ter namorados na adolescência. É na adolescência que temos permissão pra amar loucamente e totalmente, fazer loucuras de amor, correr atrás do bem amado, cartas, juras, promessas. Querer ir contra o mundo só por causa de uma amor. Assim como a decepção também é importante. A rejeição. O menino mais lindo da escola que nunca olha pra CDF la da frente. Amor na adolescência é frio na barriga todo o tempo. É o menino magro e alto de óculos que não pode acreditar estar beijando a menina nova na rua. Isso é ser adolescente, é amar sem pensar, amar e sofrer de amor. Pq quando se é adolescente se pode tudo.

Ai vem "meus vinte anos". Esse é o tempo de experimentar. Ama-se todos e ao mesmo tempo ninguém. Um dia aqui e outro la. Mais novas experiências. Novos amigos. Novos amores passageiros. O amor dura pouco, pq tudo parece passar muito rápido, parece nunca se ter tempo pra aproveitar a vida. É a época das drogas, do sexo e de muitas festas de rock. Pensa-se ser alguém já. Mas ainda não, ainda se forma. Ainda se aprende. Diminui o frio na barriga. Diminui o medo de nada. Sofre-se mais de amor, mas se recupera mais rápido. Assim é ser quase adulto.

E quando adulto completo (quando é isso?) tudo fica diferente. Achamos que amar na adolescência é bobagem, que namoro aos vinte anos é erro certeiro. Achamos os jovens imbecis e sem perspectiva. Esquecemos que ja fomos antes e que vivemos tudo aquilo antes. Não gostamos mais de rock, nao usamos mais drogas e nem sabemos mais o que é o frio na barriga. Nos tornamos velhos chatos e rabugentos. Cheios de conta pra pagar. Triste o fim? Não, faz parte, é assim que tem que ser e nao é assim com todo mundo.

Tem muita gente que já passou de adulto completo e esta beirando a idade de ir dormir as sete da noite que se acha ainda adolescente. Não deixa morrer dentro de si o que se acha importante. O que se foi um dia como jovem, como adolescente, como criança. Tem gente que não cresce. E fica ridículo. Mas ridículos somos todos.... os adolescentes, os jovens, os adultos, todos!!

BICHOFOBIA


Ou raiva mesmo. Raiva de ser tão incapaz de fazer alguma coisa.

Ele era peludo e imenso. Assustado também, com certeza. Comilão. Nada parecido com aqueles fofuchos que a gente faz questão de tirar foto nos parques. Cinza escuro. Me olhava de canto de olho, o que me deixava mais nervosa.

O medo. É assim um arrepio interno. Uma total falta de controle. As pernas faziam meu corpo pular freneticamente e minha boca soltava gritinhos histéricos. Um xilique completo, com direito a plateia e tudo.

Mas nao da mesmo pra explicar. Parece que o monstro vai me atacar. Não importa onde eu va, parece que ele esta sempre atras de mim, quase me alcançando. Com aquelas mãoszinhas pretinhas. Argh! Nojo. Medo. Mais nojo e muito medo.

E no fim tudo o que eu sentia era uma incapacidade. Incapacidade de lidar com o medo, com a situação ou simplesmente deixar o fato la. Nada disso, não consegui fazer nada disso....

Me senti a própria pato Donald atazanada pelas traquinagens de Tico e Teco. Sim, pq meu medo era tanto que vi dois em um dado momento. Um grande, com uma cauda bem felpuda já me fez acreditar que eram dois e quando vi que era um so ja dizia que era um monstro enorme e horroroso. Bom, horroroso ele era e nunca mais na vida eu quero chegar perto de um esquilo de novo. Já virou pavor.

domingo, 22 de junho de 2008

ELIZABETHTOWN


uma manha de chuva-chuvinha. aqueles olhos azuis procurando aventura. o sabor do café numa mesa do terraço. o crepe de queijo e presunto. a ultima colherada de geleia de frutas. o sol entrando pela janela filtrado pelas plantas. a conversa de mulheres. o passarinho na fonte. chegar em casa. cheirinho de roupa limpa. o imenso prazer de se ter amigos. um filme. uma companhia. o sofá roxo purpura. e o pensamento sempre de comprar uma camera e guardar cada momento.

sábado, 21 de junho de 2008

...

não há nada de mal em não amar.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Trouver... Penser...


Funciona assim: eu sou cheia de achar e de pensar (muito) sobre as coisas. Mas eu só fico com certeza mesmo sobre o que eu penso quando eu digo em voz alta, quando conto pra alguém.

E ai que tem muita gente pelo Mundo que não me entende. Não ligo. Ligo pra falta de respeito com os meus ideais. Os ideais são meus e eu acredito neles como eu quiser. E contanto tudo isso pra alguém, vi que esse outro alguém tem é inveja, ciumes, sei la o que, de mim... e tem mesmo!!!

Eu criei essa coisa de «VIDA SIMPLES». Eu inventei essa teoria pra mim, ela só se aplica à minha vida, única e exclusivamente. Sou eu que determino isso. Começa assim: a solidão me acompanha. Gosto de ter gente por perto, claro! Amo todos os meus amigos e cada um de um jeito especial. Adoro sair em bando, andar em bando, comer em bando. Acho o máximo mesa grande, todo mundo falando ao mesmo tempo e ninguém se ouvindo direito. Preciso saber que tenho com quem chorar quando precisar e mais que isso, preciso saber que tem gente que vem chorar comigo. Mas nao dependo de ninguém. Não dependo da companhia de outras pessoas. Posso ficar dias e dias isolada de pessoas próximas. Sou eu mesma que dou rumo a tudo que sou. Eu levanto de manha, trabalho o dia todo, almoço, janto, tomo banho, passeio, vou ao parque e ao cinema, tudo sozinha se for o caso. A solidão ja esta em mim. E é por opçao. Eu escolhi viver assim. Escolhi nao deixar a necessidade da presença de pessoas interferir no meu bem-estar. Eu sou bem comigo mesma e faço questão de que seja sempre assim.

Ai vem a parte do dinheiro. Que meio que se mistura com a parte de salvar o planeta. Oras... dinheiro é bem legal. Acho o máximo poder fazer o que quiser sem ter que se preocupar. Mas toda açao tem uma reação. Quanto mais se tem, mais se quer e mais se gasta. E ai a gente vai acumulando coisas superfulas e inuteis e que nunca deveriam ter sido produzidas. Produzir significa muito nos dias de hoje. Arvores derrubadas, trabalho infantil, trabalho escravo, poluiçao, coisas assim... dependendo do que se compra. Ideal mesmo seria se a gente começasse a escambar, trocar coisa por coisa. «Quer trocar a sua bicicleta pela minha maquina de lavar pratos?». Ja pensou que sensacional? A produçao de coisas no mundo ia cair consideralvelmente. E é um pouco por isso que eu nao curto muito dinheiro. Pq nos da muito poder de compra, de decisao e eu nem sei se estamos preparados pra isso.

Eu gosto da minha vida assim. Menos é sempre mais. Dou mais valor ao que não podemos tocar do que o que compramos em lojas. Penso em todos os meus atos como se cada um deles fosse o último. Quero sair daqui com as mãos limpas, sem deixar rastros muito profundos e consciente total de quem eu fui. Não quero mais uma ferramenta pra estragar tudo. Ja temos tanto...

Tb não vou sofrer. não sofro. Sou forte, sem nó na garganta. Vou indo. Quero eu mesma viver assim, não quero arrebanhar uma multidão pra viver isso comigo ou pra mim. Quero só ser alguém melhor. Quero ter sempre um sorriso no rosto. Uma piada pronta. Um sossego no peito.

Eu estou aqui e quem quiser se divertir pode vir ao meu lado!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

NO MEIO DA NOITE INTEIRA
DEITADOS, PELADOS
EM CASA JÁ ERA DE MANHA
VOLTAMOS DE TÁXI E ÓCULOS ESCUROS.


foto veio daqui

domingo, 15 de junho de 2008

du parc



olhei pro lado e tudo que eu consegui pensar era que aqui é mesmo «O LUGAR». sensacional decisão. um cheiro de verão chegando. pessoas aproveitando o dia lindo. sexta a tardinha. luz do sol baixinha, iluminando o jogo das crianças e o vinhos dos pais. não cegando meus olhos que não se cansavam de olhar aquela imagem linda. se eu tiver que pensar num lugar feliz é isso que eu vou pensar. foi um dia feliz. é uma vida boa e eu sou feliz.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

l`amour

já desejei feliz dia dos namorados pro primeiro namorado, pro ex-namorado, pro namorado e só faltou o futuro namorado....

quarta-feira, 11 de junho de 2008

encore une fois

de novo, só pra não esquecer... «ninguém é insubstituível.»

terça-feira, 10 de junho de 2008

red riding hood & the big bad wolf

foto veio daqui

Era uma vez um lobo mal
Que resolveu jantar alguém
Estava sem vintém mas arriscou
E o lobo se estrepou
Chapeuzinho de maiô
Ouviu buzina e não parou
Porém o lobo insiste e faz cara de triste
Chapeuzinho ouviu
Os conselhos da vovó
Dizer que não prá lobo
Que com lobo não sai só

Lobo canta, pede
Promete tudo até amor
E diz que fraco de lobo
É ver um chapeuzinho de maiô
Chapeuzinho percebeu
Que o lobo mal se derreteu
Pra ver você que lobo
Também faz papel de bobo
Só posso lhe dizer
Chapeuzinho agora traz
Um lobo na coleira
Que não janta nunca mais

(lobo bobo - Carlos Lyra)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

maison

minha casa tem chão de tábuas de madeira.
dormi tranquila e só acordei quando seu caminhar me despertou,
e suspirei querendo a sua volta quando a porta da frente bateu.
volta!?!?!?
ainda não deixei de pensar nos seus lábios beijando meus olhos.

domingo, 8 de junho de 2008

depois daquele beijo


filma eu galvao...

formula um em montreal. grand prix du canada. massa largando em sexto. nem sei ainda se podemos comemorar...
logo eu coloco as fotos do evento no camarote mais cool da crescent st. so VIP's.
divertimento, é isso que mais importa!!! musica, bebidinhas, comidinhas e amigos muito doidos...
galvao, filma eu!!!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

argh...

nossa, como tem gente fedida nesse mundo...

terça-feira, 3 de junho de 2008

pas de dos

nao tenho mais costas...
quebrada, moida, descadeirada...
uma dor aguda, fina, que vai do calcanhar ate a junçao entre o pescoço e a cabeça...
faz uma massagem??

segunda-feira, 2 de junho de 2008

uno y otro

Saber dejar un lugar es una cuestión de madurez. Una vez escribí que uno es lo que ve y carga consigo una impresión sobre la experiencia vivida. Las emociones están relacionadas con la conexión del momento vivido y experiencias pasadas. Pienso que cuando uno siente que compone el todo empieza a ser libre.

Todo siempre está, uno elige las experiencias que busca. Hay unos que para ver necesitan cambiar de escenario y viajan a lo mas lejos, con la gente de otras experiencias y cultura, y de esta manera logran ver lo nuevo y ver de una nueva manera la composición de la vida anterior. Hay otros que cambian de pareja, unos que cambian de casa, de religión. Hay otros que no cambian e igual pueden sacar de la vida lo necesario para evolucionar. Esas personas no necesitan de movimiento para ver. Todo es valido.

Lo que encuentro interesante es la manera de uno relacionase con las despedidas. Cuando uno busca el movimiento, por el motivo que sea, ese traslado de un espacio a otro genera un quiebre. O sea, a partir del momento presente uno sabe que no verá el otro por determinado tiempo. Tienen la oportunidad de despedirse, sentir el vacío que esta persona dejara y en que sector de la vida de uno que eso mas afecta…sea familiar, de amistad, de apoyo. Yo casi siempre detecto en esa situación algo de egoísmo. Egoísmo porque uno siempre quiere las cosas en la medida que uno juzga necesario para uno mismo, esta claro Egoísmo porque se el movimiento fue creado es porque era necesario a la vida del otro y uno que queda tiene la consciencia que es una das la varias anclas a lo mas intimo que esta reservado dentro de cada persona.

La distancia fisica de una tierra conocida y vivida o de una persona querida hace que cuando uno tenga a oportunidad de compartir un momento con el otro, sea dado lo mejor de si. Observamos cada detalle, decimos lo que sentimos, es una manera de lidiar con emociones, de crecer porque hay veces que uno tiene que saber donar y otras veces hay que saber recibir.La vida es entretenida, llegan y parten personagens a cada rato. Hay unos que no tenemos ni siquiera el tiempo de despedir…nunca se sabe. Si al final, el presente es el regalo que tenemos, es seguro que existe. El tiempo es la medida de la vida…es tan valioso que cada ser debe tener la libertad de ocupar eso de manera sabia y como en el momento….cree que corresponde.
(por chiara meschini)

deux cent

a cozinha ainda eh verde. o banheiro eh azul. meu quarto, bege.
casa nova.
e cada pedacinho dessa historia tem que ser contado de novo.
eh bom estar em casa.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

de retour

eu voltei. de um jeito serio, com lagrimas nos olhos.
meu corpo todo esta de volta, parte da minha mente, mas meu coraçao ficou. um pedaço em cada canto.
de volta agora eu vou me recuperando de tudo isso.
e vivendo tudo novo.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

savoir

saber olhar...
saber não dar as respostas e não estudar.
saber fazer brigadeiro.
saber intimar.
saber que é hora de parar mesmo querendo continuar.
saber abrir a porta e depois fechar.
saber voltar pra casa.
saber ir de volta.
saber olhar de novo.
saber o que não é.
saber entender.
saber que não se tem. mesmo se tendo.
saber o pouco que é.
saber o grande que poderia ter sido.
saber que tem amor maior ainda.
não saber amar.

domingo, 11 de maio de 2008

san paulô

tenho andado por são paulo e visto algumas coisas com outros olhos.
esse ar de eterno inverno que me seduz. um barulho atordoante de grandes avenidas entupidas de carros. certas janelinhas coloridas que ficam na altura dos meus olhos e que sempre estiveram lá. agora ando com trilha sonora no último volume no ouvido, com um ar de estrangeira, com passos leves e sem pressa... ando meio como turista, meio como nascida aqui.
adoro são paulo e sinto falta da confusão. do boteco engordurado da esquina, da livraria mega-store do bairro, dos restaurantes chiques e das baladas surreais... sinto falta daquela chuvinha que nunca pára. estou "in love" com essa cidade...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

passion

quem tem cara de apaixonado tem cara de apaixonado e ponto!

terça-feira, 6 de maio de 2008

degradée




-vc tem um sorriso em degradê. que vai se abrindo aos poucos...-

sexta-feira, 18 de abril de 2008

sagesse

complicado viver... acho que eu já disse isso aqui.
complicado tb é dialogar, argumentar. por carta, e-mail, sms ou ao vivo. nunca as pessoas entendem exactamente o que queremos dizer, não importa a língua ou o meio. tem muita mensagem camuflada, jeito de falar, intonação de voz. sinto que nunca sou compreendida.

pra mim mesma eu me pareço tão simples, tão fácil de ser entendida. claro que não deve ser bem assim. mas tão difícil não pode ser.

uma coisa eu não faço nunca. falar nas entrelinhas. nunca! se eu tenho pra dizer eu digo mesmo.


bom, tudo isso por causa de um mal entendido. mal entendido desconfortável. e eu não gosto de levar mal entendidos pro dia seguinte. lembra? o importante sempre é se divertir. parece que muita gente no mundo acha que é muito fácil se envolver, que é fácil viver "um grande amor". e isso tudo pra mim é bobagem, ou eu estou interessada em outra coisa. oras... qual é o objetivo? simples assim, qual é o objetivo? acho que o mundo se engana, esconte e camufla seus objetivos. eu me culpo todos os dias por não conseguir ser tão clara e sincera quanto aos meus objetvos. mas às vezes parece tão óbvio!

qual é nosso objetivo quando saímos a noite, sábado a noite, pra beber um choppinho? os garotos bancando pose e as garotas maquiadas com vestidos de peitão de fora. será que não fica claro? todos querem mesmo é se comer. o sexo é o objetivo. se namora, se tem um caso, se casa, se mora junto, se dá certo ou se nada disso dá certo ou se "vamos ser só amigos" não importa. o sexo é o objetivo. primeiro a gente se interessa, viu na rua e se interessou. aí vem o choppinho com peitão de fora. aquela conversa pra boi dormir que me irrita, mas faz parte. beija e elogia mutuamente. depois é "pro meu ou pro seu?" e pronto. no outro dia agente começa a pensar em tudo mais, até casamento se for o caso... mas o objetivo primeiro é o sexo! o quem vem depois do sexo é outra história. é como se o sexo fizesse agora parte de "se conhecer melhor".

eu não sei pq é assim, nem como começou, desconfio que tenha algo a ver com peitões de silicone, realmente não sei. agora... pra quê complicar???? não ficou fácil? vê, diz oi, convida pra sair, sai, conversa, beija, come e depois pensa se quer ou não. será que eu sou canalhinha demais? será que pirei? será que sou muito hominho e pouco mulherzinha? algumas mulheres já pensam nos nomes dos filhos só do cara pegar na mão dela no bar... alguns homens se apegam tanto (mesmo escondendo) que choram em despedidas. se apegam ao quê? só nesse vai-e-vem de copos e travesseiros não dá pra saber se aquela é ou não a pessoa da sua vida... não dá!

e tem gente que repele gente. só pq eu pedi chopp escuro e vc chopp claro não significa que não somos compatíveis. significa apenas que na mesa do bar gostamos de coisas diferentes. sópq vc quer casar e ter filhos e eu quero conhecer o mundo sozinha não significa que não podemos nos amar. eu não acredito no amor, mas se ele existe, deve existir de uma maneira global. é possível amar gente de longe, é possível amar muita gente... ao mesmo tempo. o tal do amor não éuma coisa parada, estancada, única. é maleável, flexível. adaptado.

eu vivo assim. desapegada totalmente. amando muito e tudo. mas totalmente descrente desse mesmo amor. descrente da vida a dois. descrente da vida após o sexo e da vida sem diversão. isso tudo não existe pra mim. e se parecer que vai existir, eu fujo! como aquela conversa esquisita no telefone, se parecer que vai encrencar, antes me dá vontade de fazer entender, depois me dá vontade de enfiar a cara num buraco e não sair mais de lá até que o outro lado para de berrar "alô?".... percebe?

eu estou aqui agora, vc está aqui agora, a gente se interessa, pq não se divertir junto? sair, beber, comer, rir, conversar... pode até chorar, muito choro pode ser divertido. mas deixa o depois pra depois.

eu sei pq eu sou sozinha. eu sou sozinha antes pq não consigo encontrar ninguem que me entenda. depois pq eu quero. é opção. eu quero ser sozinha. faço questão de não ter status. faço questão de ser assim. me dá medo claro, o futuro. mas na hora que o futuro chegar, mesmo que eu não queira mais ficar sozinha e seja tarde, eu vou olhar pra trás e ver que eu mesma plantei tudo isso e fui feliz assim. é possível ser feliz assim. e eu sou! com tudo que é difícil e cansativo, eu gosto.

se ainda vale a explicação: eu só queria me divertir e um mal entendo virou um "discutir a relção" que simplesmente não existe e me deixou em pânico. fora os muitos meses que virão de reclusão pelo trauma causado. mas eu me recupero....

quarta-feira, 16 de abril de 2008

je ne sais pas



-cansei de tentar me esconder.
-de quem?
-de mim, oras!
-e pq?
-pq eu mesma me assusto.

par tout

esqueço de ouvir às vezes.
fico o dia todo com preguiça pq normalmente durmo tarde e acordo cedo.
adoro falar ao telefone e essas cosias virtuais,
mas nao gosto que me toquem, que me esbarrem...
adoro surpresas.
não gosto de ler o que não me interessa.
não falosobre política ou sobre religião.
me faltam argumentos.
fico confusa com as minhas próprias ideologias.
estou sempre me apaixonando e desapaixonando.
comida boa mesmo, pra mim, é arroz
com feijão.