quinta-feira, 19 de junho de 2008

Trouver... Penser...


Funciona assim: eu sou cheia de achar e de pensar (muito) sobre as coisas. Mas eu só fico com certeza mesmo sobre o que eu penso quando eu digo em voz alta, quando conto pra alguém.

E ai que tem muita gente pelo Mundo que não me entende. Não ligo. Ligo pra falta de respeito com os meus ideais. Os ideais são meus e eu acredito neles como eu quiser. E contanto tudo isso pra alguém, vi que esse outro alguém tem é inveja, ciumes, sei la o que, de mim... e tem mesmo!!!

Eu criei essa coisa de «VIDA SIMPLES». Eu inventei essa teoria pra mim, ela só se aplica à minha vida, única e exclusivamente. Sou eu que determino isso. Começa assim: a solidão me acompanha. Gosto de ter gente por perto, claro! Amo todos os meus amigos e cada um de um jeito especial. Adoro sair em bando, andar em bando, comer em bando. Acho o máximo mesa grande, todo mundo falando ao mesmo tempo e ninguém se ouvindo direito. Preciso saber que tenho com quem chorar quando precisar e mais que isso, preciso saber que tem gente que vem chorar comigo. Mas nao dependo de ninguém. Não dependo da companhia de outras pessoas. Posso ficar dias e dias isolada de pessoas próximas. Sou eu mesma que dou rumo a tudo que sou. Eu levanto de manha, trabalho o dia todo, almoço, janto, tomo banho, passeio, vou ao parque e ao cinema, tudo sozinha se for o caso. A solidão ja esta em mim. E é por opçao. Eu escolhi viver assim. Escolhi nao deixar a necessidade da presença de pessoas interferir no meu bem-estar. Eu sou bem comigo mesma e faço questão de que seja sempre assim.

Ai vem a parte do dinheiro. Que meio que se mistura com a parte de salvar o planeta. Oras... dinheiro é bem legal. Acho o máximo poder fazer o que quiser sem ter que se preocupar. Mas toda açao tem uma reação. Quanto mais se tem, mais se quer e mais se gasta. E ai a gente vai acumulando coisas superfulas e inuteis e que nunca deveriam ter sido produzidas. Produzir significa muito nos dias de hoje. Arvores derrubadas, trabalho infantil, trabalho escravo, poluiçao, coisas assim... dependendo do que se compra. Ideal mesmo seria se a gente começasse a escambar, trocar coisa por coisa. «Quer trocar a sua bicicleta pela minha maquina de lavar pratos?». Ja pensou que sensacional? A produçao de coisas no mundo ia cair consideralvelmente. E é um pouco por isso que eu nao curto muito dinheiro. Pq nos da muito poder de compra, de decisao e eu nem sei se estamos preparados pra isso.

Eu gosto da minha vida assim. Menos é sempre mais. Dou mais valor ao que não podemos tocar do que o que compramos em lojas. Penso em todos os meus atos como se cada um deles fosse o último. Quero sair daqui com as mãos limpas, sem deixar rastros muito profundos e consciente total de quem eu fui. Não quero mais uma ferramenta pra estragar tudo. Ja temos tanto...

Tb não vou sofrer. não sofro. Sou forte, sem nó na garganta. Vou indo. Quero eu mesma viver assim, não quero arrebanhar uma multidão pra viver isso comigo ou pra mim. Quero só ser alguém melhor. Quero ter sempre um sorriso no rosto. Uma piada pronta. Um sossego no peito.

Eu estou aqui e quem quiser se divertir pode vir ao meu lado!

Um comentário:

Mwho disse...

Sabe, vi até uma pesquisa que falava que até certa renda, a felicidade aumentava proporcionalmente. Depois, não havia mais incremento de felicidade, mas sofisticação no consumo...
Senti sinceridade no que você escreveu e acho que me identifiquei um pouco...
Abraço,