quinta-feira, 22 de novembro de 2007

neige


Coloquei a cabeça pra fora da janela pra ver se estava chovendo, antes de sair pra trabalhar. Tudo estava branquinho. Esfreguei os olhos e pisquei algumas vezes, só pra ter certeza que eu estava mesmo acordada.
Nevou! E Ainda nevava. Me apressei. Fiquei ao mesmo tempo extasiada pela primeira neve e irritada com as providencias a tomar – vestir calça que seca rápido, bota, capuz.
Saí lá fora e fui apreciando os floquinhos brancos que caem do céu e vão deixando não branco, mas um cinza meio azulado, já que o Sol ainda repousava dentro do horizonte.
Fiz questão de deixar minhas pegadas no tapete gelado e sentir o vento no rosto. Também tive que tomar cuidado pra não cair. Ahhhhhh... chegou a temporada de tombos.
Concluí que depois de hoje, nenhuma folha restará nas arvores e estas vão ser só gravetos aparentemente mortas.
Antes de entrar no metrô dei uma boa olhada pra trás, talvez a última, naquele cenário da primeira neve. Pensei que dali alguns minutos, quando eu saísse na outra estação, o outono voltaria ao normal.
Nada... saí do metrô, lá no meu destino, e a nevasca estava pior. Os flocos eram grandes, como costuma ser na Frontenac e o vento era mais forte.
Na fila do ônibus (por 25 minutos) percebi que toda a magia da primeira neve já tinha acabado com a manhã tranqüila. O ônibus atrasou, muito trânsito na rua. Eu fiquei com a roupa toda molhada e não somente eu. Alguns semáforos deram pane. Aulas canceladas, falta de energia, bueiros entupidos, tratores e caminhões na rua...
Eu ainda fiquei uns 10 minutos antes de entrar pra trabalhar, observando a chuva de gelo, uma cortina branca!

Nenhum comentário: