domingo, 30 de setembro de 2007

avoir peur

É engraçado. A internet. E as pessoas do mundo.
Criamos sites de buscas de coisas na internet. Ai logo depois criamos sites de busca de pessoas, lista, comunidades, networks e assim, ficamos viciados com a exposição. Orkuts, myspaces, facebooks, messengers, hotmails.... desesperados por comunicação. Uma comunicação fria, distante. Blogs e sites pessoais. Mais e mais meios de interagir não interagindo. E aí, depois do vício, vem o medo. Medo de ser achado, medo de ser seguido, medo de ser escarafunchado do mesmo jeito que escarafunchamos. Oras, pra que ser parte de um site pra achar pessoas e fazer amigos se você mal diz quem é. O quanto de verdade as pessoas estão dispostas a expor sobre suas próprias vidas na internet. Internet não existe. Não pegamos, portanto não existe. Tem medo do que?
Esconde o rosto. Esconde foto, poe tarja, tira endereço, telefone e mete quinhentos mil anti-spams pra ter “segurança”. Segurança de que? De quem? Pra que? E como? Não há segurança no mundo. A segurança que queremos pra nós é tão virtual quanto a internet.
As pessoas são estranhas mesmo. Fogem das suas próprias verdades e depois ficam tentando apagar o que o mundo pode reconhecer delas.
Tem medo de quem?
E pra provar que afinal de contas somos todos vultos, a foto lá em cima eu tirei na sexta passada, numa baladinha pra lá de "mundo de caras alternativo", uma vernissage de uma exposição de um arquiteto no CCA... bacana, cheio de flashes, claro! Mas bem escuro.... e mais... nesse mundo, cheio de internéticos, só existem rostinhos bonitos e corpos sarados.... tudo mentira!

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